A manutenção de motos é um pouco diferente da dos carros. Por serem relativamente mais simples, elas precisam de uma atenção mais frequente, pois os desgastes acabam por ser maiores. E isso interfere diretamente na segurança de quem está a conduzir.
Afinal, a moto não possui a segurança de um carro e qualquer problema em algum componente que a faça responder de modo diferente aos seus comandos pode causar uma colisão ou uma queda. E nesses casos, não há nada que separe você do impacto. Assim, o melhor é prevenir qualquer tipo de contratempo.
A manutenção de motos deve ser preventiva
Para os motociclistas, no geral, a prevenção é essencial. Desde escolher a melhor moto para seu perfil, para que a condução seja mais confortável, até adotar uma postura defensiva no trânsito, prevendo eventuais situações de risco, são atitudes que contribuem para sua própria segurança.
Mas se você já possui a moto ideal e presta bastante atenção a sua segurança no trânsito, por que seria diferente com o “bem-estar” da sua moto? Como qualquer outra máquina, ela precisa de cuidados para que possa funcionar perfeitamente em um imprevisto.
Dessa forma, fazer a manutenção preventivamente é mais barato e menos perigoso do que enfrentar os riscos que a falha de algum componente possa trazer.
Sendo assim, os principais componentes a ter em atenção e a frequência da manutenção que cada um deve ser realizado são:
Verifique os pneus semanalmente. Comece com uma inspeção visual, procurando por alguma avaria na borracha, bolha ou objetos que porventura possam ter se prendido a eles. Ainda, veja se os pneus não estão muito murchos. Aproveite para verificar se não estão gastos.
Após a inspeção visual, recomenda-se que os pneus sejam calibrados. Faça a calibragem no posto mais próximo, pois depois que aquecerem, a pressão do ar muda e pode mascarar um esvaziamento.
A manutenção deve ser feita visualmente a cada 1.000km, pelo menos. Veja se os discos apresentam riscos ou ranhuras estranhas. São sinais de que o item precisa ser trocado. Para as pastilhas, fique de frente para a roda e observe se não estão gastas demais. Se não for possível vê-las, preste atenção se há barulho de atrito metálico quando o travão é acionado. Também é preciso ter atenção, quando for acionado, se há necessidade de um esforço maior na alavanca.
O mesmo vale para os travões a tambor, como geralmente são os traseiros. Esforço maior no pedal e barulho metálico indicam desgaste. Se for o caso, tanto para o dianteiro como para o traseiro, leve a sua moto a uma oficina especializada de confiança para uma revisão.
Quanto maior o controlo sobre o óleo do motor, melhor. Mas se a moto não apresentar vazamentos, a verificação pode ser feita semanalmente. Com a motocicleta fria e desligada, coloque-a na vertical, sem estar apoiada sobre o cavalete.
Só então retire a vareta do óleo para ver o nível do lubrificante. Ele deve estar entre as marcas de mínimo e máximo.
Fora isso, a troca do óleo é importantíssima e deve ser feita de acordo com as recomendações no manual do proprietário da moto, observando o tipo de lubrificante ideal para o seu motor e a periodicidade. Em média, ela fica em torno de 2.000km rodados ou a cada 6 meses, o que vier antes. A menos que seja a primeira troca, que deve ser feita com apenas 1.000km rodados.
Ainda, recomenda-se a troca do filtro de óleo junto com o lubrificante. Apesar de alguns fabricantes permitirem seu reaproveitamento, isso impede que detritos e sujeira do óleo antigo contamine o novo.
O principal é saber se não há folga na corrente. No manual da moto virá a indicação da folga máxima. Se estiver maior que isso, geralmente em torno de 1,5cm, é preciso levá-la para ajustar em uma oficina. Recomenda-se verificá-la, visualmente e com as mãos, uma vez por semana.
É preciso, também, lubrificar e limpar a corrente para diminuir os desgastes das engrenagens e aumentar sua vida útil. Para isso, utilize o óleo indicado pelo fabricante no manual. Faça a lubrificação a cada 500km ou após enfrentar muita chuva, poeira ou terra.
Atualmente, as baterias das motos são seladas, não sendo necessário muita manutenção. Elas duram em torno de três anos e possuem uma confiabilidade grande. Mas dependendo das condições de uso, principalmente se a moto fica parada por muito tempo seguido, ela pode ter um desgaste maior.
Portanto, tenha atenção aos sinais ao usar as luzes e faróis da moto. Qualquer sinal de fraqueza da energia elétrica, leve-a a um mecânico para verificar se a bateria está com carga e se não há desperdício no sistema.
Além do filtro de óleo, sobre o qual já comentamos, as motos contam ainda com um filtro de ar e um filtro de combustível, que precisam ser trocados periodicamente para evitar a contaminação do motor por partículas de sujeira e outros detritos nocivos.
Os filtros de ar e de combustível devem ser trocados de acordo com as recomendações do fabricante no manual do proprietário. Geralmente, é em torno de 10.000km rodados. O ideal é levar a uma oficina especializada para o serviço, que pode exigir um pouco mais de conhecimento técnico e ferramentas apropriadas.
Revisões periódicas também são necessárias
Além de fazer a vistoria da sua moto, é importante levar periodicamente, pelo menos uma vez ao ano a sua moto para uma revisão geral em uma oficina especializada. Nela, serão observados todos os componentes mecânicos e elétricos do veículo a fim de antecipar qualquer problema que possam vir a apresentar.
Neste caso, ter um seguro de moto que ofereça esse serviço de manutenção preventiva pode render uma boa economia no orçamento, além de ter a comodidade de ser um local de confiança e poder contar com outros benefícios importantes como o de assistência 24 horas.